ACOLHIMENTO ÀS PESSOAS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO: DESAFIO À REFORMA PSIQUIÁTRICA

O modo como o profissional que atua nos equipamentos substitutivos da Reforma Psiquiátrica brasileira acolhe os sujeitos que apresentam ou descrevem alguma queixa de sofrimento psíquico representa um desafio. Assim, esta pesquisa buscou levantar em que medida as atuais práticas cotidianas na relação entre profissionais da saúde e usuários dos ser viços de saúde se aproximam ou se afastam do ideal proposto pela Reforma Psiquiátrica no Brasil. Os acontecimentos políticos e sociais dos movimentos da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica são retomados, para configurar o modo como o sujeito em sofrimento psíquico é acolhido atualmente nos serviços substitutivos da Reforma Psiquiátrica. Trata-se de pesquisa bibliométrica, com base em 29 artigos selecionados – que, em sua maioria, revelam os desafios e os impasses nos ser viços de saúde, como: dificuldade de adotar práticas diferentes; não participação da categoria médica; desafios da implantação do apoio matricial; precarização das condições de trabalho; e não efetivação de ações cotidianas embasadas nas diretrizes propostas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As práticas observadas revelam que o Brasil ainda carece de uma Reforma Psiquiátrica de fato.