Open Access
O EFEITO DO MÉTODO DE COMPRESSÃO PNEUMÁTICA INTERMITENTE (CPI) EM ATLETAS DE TRIATHLON: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Author(s) -
Leonardo Carreira Rapassi,
Gabriel Gonçalves Teixeira,
Ramón de Oliveira
Publication year - 2020
Publication title -
revista cpaqv
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2178-7514
DOI - 10.36692/cpaqv-v12n1-27
Subject(s) - overtraining , humanities , physics , psychology , athletes , philosophy , medicine , physical therapy
O triathlon é uma modalidade esportiva muito praticada atualmente, e reúne em um único evento três modalidade esportivas (natação, ciclismo e corrida). Nesse sentido, o treinamento especifico e até mesmo as competições dessa modalidade podem representar um elevado nível de stress aos atletas, ocasionando em um fenômeno chamado de overtraining (stress de longa duração). Por esse motivo, atletas e técnicos vem empregado intervenções de recuperação pós treinamento e competições, com o objetivo de melhorar a recuperação e consequentemente o desempenho para a sessão subsequente. Dentre os métodos de recuperação frequentemente utilizados temos a, massagem, crioterapia, aplicação de calor, administração farmacêutica, eletroterapia, ultrassom, sono regular, alongamento e recuperação ativa. E um método que vem sendo muito utilizado recentemente para a recuperação em atletas de corrida, ciclismo, e inclusive em triathlon, é o método de compressão pneumática intermitente (CPI). A CPI temsido utilizada como um método inovador pois visa a redução do edema, o aumento do retorno linfático, o aumento do fluxo sanguíneo e consequentemente a redução da dor local, o que em tese poderia trazer maiores benefícios para a recuperação dos atletas. No entanto, com relação a eficácia da CPI em promover uma melhor recuperação, a literatura ainda não é clara, e o numero de triatletas que vem utilizando a CPI vem crescendo cada vez mais, e atualmente, mesmo o triathlon ganhando mais adeptos ao longo do tempo, não encontramos até o presente momento, pesquisas científicas que verificaram a eficácia da CPI na recuperação nessa modalidade. Portanto, o objetivo do presente estudo foi pesquisar através de uma revisão de literatura a influencia da CPI na recuperação dos atletas de triathlon. Foi realizada uma revisão na literatura sobre a modalidade Triathlon e CPI, utilizando-se de produções nacionais e internacionais publicadas entre os anos de 2000 a 2019. As bases de dados pesquisadas foram Google Acadêmico, PubMed, Medline, Lilacs, Bireme e Scielo. A utilização de descritores em português foram : Triathlon, Fisiologia, Treinamento, Recuperação e em inglês: Triathlon, Physiologic, Training and Recovery. Interessantemente, nossos resultados demonstraram que não há uma melhor recuperação muscular em pessoas ativas com o uso da CPI, e quando comparou se a CPI com a terapia manual (massagem), a CPI não promoveu uma maior recuperação de forma aguda em corredores. Nesse sentido, esse mesmo comportamento foi encontrado em ciclistas quando os autores comparam a CPI com uma recuperação passiva. Concluímos que a CPI pode não ser um método tão eficaz para promover uma melhor recuperação em triatletas, haja visto que o uso de métodos convencionais ainda pode ser mais relevante devido a fácil aplicação e baixo custo ao longo de competições e treinamentos.