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O HORIZONTE SOCIAL DA LINGUAGEM: FUNDAMENTO BAKHTINIANO DA CONSTRUÇÃO CURRICULAR PARA ALÉM DA UNIVERSALIDADE BURGUESA
Author(s) -
Márcia Helena Sauáia Guimarães Rostas,
Eliézer dos Santos Oliveira
Publication year - 2019
Publication title -
debates em educação científica e tecnológica/revista eletrônica debates em educação científica e tecnológica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-2150
pISSN - 2179-6955
DOI - 10.36524/dect.v5i01.96
Subject(s) - humanities , philosophy , sociology
Neste texto analisamos o currículo como discurso tomando por base o pensamento bakhtiniano. O interesse pela temática surge em um seminário do Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia e dá impulso a uma investigação robusta da obra do autor e que respondesse as questões: o que é discurso? O que é linguagem? O que define a linguagem? Que compreensão de linguagem poderia fundamentar um currículo que fosse além da educação para o capital (cf. Mészàros). O aspecto central desta pesquisa – a descoberta do conceito de “horizonte social” - robusto para fundamentar a crítica ao currículo burguês e forte para fundamentar uma contraproposta curricular. Por fim, através da desconstrução da ideia do currículo universal, com os seus programas educacionais, livros didáticos, parâmetros curriculares gerais, apresentamos a educação voltada para o mercado como a única, necessária e urgentemente possível. Embasados na concepção marxiano-bakhtiniana é possível construir um arsenal crítico capaz de combater a pretensa universalidade neutra, naturalizada, abstrata da filosofia da linguagem burguesa que esconde o “horizonte social” de suas palavras e signos em geral. Por mais que os ideólogos burgueses não queiram, seus discursos são situados num modelo econômico, num tempo histórico e numa classe social. Por isso, o alcance de suas falas não pode ser (e não é) considerado, numa perspectiva crítica, como universais. Elas nascem, reproduzem-se e resolvem-se num horizonte social concreto, material bem definido que determina o que será abordado e o que será silenciado. A linguagem do discurso curricular, ao tomar para si os horizontes sociais da classe dominada em luta pela sua libertação, irá edificar propostas curriculares que serão a expressão da negatividade dialética do macrossistema, contra-hegemônicas à totalidade histórica construída pelo capitalismo.

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