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O estatuto da música tonal em Susanne Langer
Author(s) -
Ivânio Lopes de Azevedo Júnior,
Ilana Viana do Amaral
Publication year - 2020
Publication title -
argumentos : revista de filosofia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-4255
pISSN - 1984-4247
DOI - 10.36517/argumentos.23.3
Subject(s) - philosophy , humanities , musical , art , literature
Este artigo tem como objetivo entender em que termos a música, para Susanne Langer, é interpretada à luz de uma Filosofia das Formas Simbólicas. Esta expressão, por sua vez, é a que designa o programa teórico de seu mestre, Ernst Cassirer. A teoria da arte que Langer propõe, em Filosofia em nova chave e em Sentimento e Forma, se pretende uma continuidade da crítica da cultura empreendida por Cassirer, a qual se fundamenta na ideia de que, uma vez demonstrada a necessidade do simbolismo ( função psicológica sem a qual não há cultura), cabe à filosofia compreender e acompanhar o desenvolvimento histórico dos  modos de manifestação do Espírito. A música, enquanto a mais abstrata das artes, é um modo particular de simbolismo cujo amadurecimento de sua forma interna desemboca no que chamamos hoje de música tonal. O tonalismo é o estágio em que a música atinge sua maior idade justamente por ter se mostrado capaz de operar a partir de leis próprias, sendo assim, o resultado de um longo processo de constituição da forma musical.

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