
Perfil sociodemográfico e padrão de uso do ecstasy por usuários residentes na cidade de Goiânia-GO
Author(s) -
Livia Mendes de Freitas,
Vania Cristina Rodríguez Salazar
Publication year - 2020
Publication title -
revista brasileira militar de ciências
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2447-9071
DOI - 10.36414/rbmc.v6i16.71
Subject(s) - ecstasy , humanities , psychology , art , psychiatry
O 3-4 metilenodioximetanfetamina (MDMA) também conhecido popularmente como ecstasy é uma droga sintética comumente usada por frequentadores das chamadas raves. Não se tem muitos dados epidemiológicos sobre o uso de ecstasy no Brasil, porém o crescimento do número de apreensões da droga no país demonstra que há um aumento no número de usuários. O presente estudo tem o objetivo de descrever o perfil sociodemográfico, econômico e padrão de uso de usuários de ecstasy que moram na cidade de Goiânia-GO. Para realizar essa pesquisa foi realizada uma coleta de dados por meio da plataforma Google Forms de 60 participantes que se autodeclaram usuários de ecstasy e moram na cidade de Goiânia-GO. Em relação aos resultados obtidos nesse estudo o perfil dos usuários participantes em sua maioria são jovens, que tem entre 20 e 22 anos (77%) sendo a maioria do gênero feminino (55%). A maior parte está cursando ensino superior (67%) e a maioria se classifica como tendo renda de mais de R$2.862 a R$5.724 (27%). Quanto ao tempo de uso da droga 45% dos participantes da pesquisa afirmaram que consomem o ecstasy entre 2 e 3 anos. Neste estudo 98% dos participantes afirmaram que utilizam o ecstasy em finais de semana e feriados. Dos participantes desta pesquisa, 97% afirmaram que fazem uso da droga em festas de música eletrônica. Sobre o preço pago pelo comprimido 57% pagam entre 20 e 30 reais. A droga mais utilizada em associação com o ecstasy foi o álcool seguido pela maconha. A partir dos resultados obtidos pode-se se concluir que é necessário retomar políticas de redução de danos bem como tornar mais efetivas as ações de punição dos produtores e fornecedores da droga e uma fiscalização mais rigorosa da entrada e comercialização da droga em festas.