z-logo
open-access-imgOpen Access
AS RUPTURAS EPISTEMOLÓGICAS NAS CIÊNCIAS DA VIDA SEGUNDO A ARQUEOLOGIA DE MICHEL FOUCAULT
Author(s) -
Ricardo Max Lima Cavalcante
Publication year - 2021
Publication title -
kínesis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1984-8900
DOI - 10.36311/1984-8900.2021.v13n35.p298-315
Subject(s) - humanities , philosophy
Este artigo busca expor a compreensão da ruptura ou descontinuidade epistemológica explanadas pelo filósofo francês Michel Foucault em sua obra As palavras e as coisas. A partir de seu método, denominado Arqueologia do saber, o autor tenta evidenciar que a distinção entre a História Natural dos séculos XVII e XVIII, ciência que visava classificar animais e plantas em espécies, gênero e outras categorias, a partir de características físicas externas dos organismos, e a biologia que surge no final do século XVIII caracterizada como o estudo da vida, tendo em conta as funções dos órgãos internos e a relação entre os organismos e os seus habitats, como eles se alimentam, como respiram etc. Como veremos ao longo do texto, a ruptura epistemológica causada pelo surgimento do microscópio e pelas primeiras dissecações do biólogo Georges Cuvier não apenas deu início à biologia, mas também forneceu a condição de possibilidade de emergir a compreensão evolutiva na segundo metade do século XIX. Ao dissecar organismos, Cuvier não apenas teria quebrado a barreira epistemológica intransponível da epiderme dos seres vivos, mas também pavimentado o caminho para Charles Darwin e Alfred Wallace conceberem a noção da evolução das espécies algum tempo depois.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here