
O SIMBOLISMO INCONSCIENTE
Author(s) -
Jaqueline Feltrin Inada
Publication year - 2011
Publication title -
kínesis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1984-8900
DOI - 10.36311/1984-8900.2011.v3n05.4410
Subject(s) - unconscious mind , humanities , philosophy , psychoanalysis , physics , epistemology , psychology
Este artigo apresenta os conceitos de inconsciente e simbolismo inconsciente em Jean Piaget, confrontando os com os de Freud. Na teoria psicanalítica, simbolismo refere-se a um comportamento ou pensamento com significado oculto ao sujeito. Piaget critica essa concepção e mostra que o pensamento simbólico forma uma unidade. Não existe um divisor de águas entre o que é consciente e inconsciente. Todo símbolo comporta concomitantemente esses dois atributos. Ao relacioná-los com os conceitos de assimilação e acomodação, Piaget afirma que enquanto o primeiro é inconsciente, o segundo é consciente. Na psicanálise, há simbolismo porque o conteúdo do símbolo é recalcado. Em contraposição a essa idéia, Piaget afirma que a formação do símbolo não pode ser explicada pelo conteúdo, mas sim pela estrutura do pensamento. E mais do que isso: somente torna-se possível com o advento da representação, que ocorre por volta do segundo ano de idade. Uma outra oposição que Piaget mostra em relação a Freud referese ao conceito de inconsciente. Na visão piagetiana, o termo inconsciente é empregado apenas como adjetivo, não sendo utilizado, tal como em Freud, para designar um campo ou uma região.