z-logo
open-access-imgOpen Access
CONSIDERAÇÕES ACERCA DA EPOCHÉ EM MONTAIGNE E DO FREIE GEISTER EM NIETZSCHE
Author(s) -
Nelson Maria Brechó da Silva
Publication year - 2009
Publication title -
kínesis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1984-8900
DOI - 10.36311/1984-8900.2009.v1n01.4293
Subject(s) - philosophy , humanities , epoch (astronomy) , physics , stars , astronomy
O presente trabalho pretende situar o conceito epoché, suspensão do juízo, de Montaigne a partir de sua amizade com La Boétie. Após a morte do amigo, Montaigne termina de redigir a seção sobre a amizade, na qual enfoca a metáfora do pintor. Trata-se, então, da pintura do “eu”, de forma que o livro procura sanar a falta do amigo. As partes do “eu” são pintadas de modo ilógico, o que, no caso, conduz Montaigne a uma pintura constante delas. Quanto a Nietzsche, o eixo da reflexão tange o estágio de Freie Geister, espírito livre, que também é uma suspensão, a qual, diferentemente de Montaigne, atinge-se por meio da solidão. Este estágio instiga o indivíduo, a tal ponto de ver as culturas não por seus valores, mas por perspectivas. O girar errante se constituirá através da mudança e da passagem a esse estágio, que gera a alegria, visto que não existe uma meta final. Assim, pode-se considerar que Montaigne parte da elevação e da descoberta do “eu” por intermédio da amizade, ao passo que Nietzsche principia também da elevação, no entanto, o rumo que ele adota é com relação à solidão, onde o espírito livre poderá deslumbrar as diferentes culturas.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here