
A evolução das estruturas cognitivas e o papel do senso comum
Author(s) -
Júnior Saccon Frezza,
Tânia Beatriz Iwaszko Marques
Publication year - 1969
Publication title -
schème : revista eletrônica de psicologia e epistemologia genéticas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1984-1655
DOI - 10.36311/1984-1655.2009.v2n3.583
Subject(s) - humanities , philosophy , subject (documents) , computer science , library science
Há muitas teorias que tentam explicar a possibilidade de conhecer. Se há muitas teorias é porque esse é um tema desafiador que merece grande atenção. O Empirismo, que entende a mente como uma máquina fotográfica registrando o real tal e qual, sem nada a acrescentar a ele, vê o sujeito como tábula-rasa. O Apriorismo, por sua vez, tem a noção de que a mente humana já é algo pronto, acreditando que a criança nasce com todas as estruturas perceptivas, sendo papel da maturação desperta-las. No entanto, acreditamos ser o conhecimento construído pelo sujeito, sendo este agente de sua aprendizagem, e não um ser passivo, como julgam o Empirismo e o Apriorismo. Com isso, tem-se o Construtivismo, cuja base teórica é a Psicologia Genética, fundamentada em uma epistemologia interacionista. Se o conhecimento é construído, então as estruturas também são e se desenvolvem tanto em aspectos biológicos quanto cognitivos. As estruturas evoluem, isso quer dizer que os conhecimentos por ela assimilados também podem evoluir. É o que afirma Piaget quando menciona os estádios do desenvolvimento intelectual do sujeito. Além disso, contrário a que muitos acreditam, Piaget considera a influência da sociedade como um dos fatores do desenvolvimento intelectual do sujeito. E é justamente nessa interação com a sociedade que o sujeito constrói conhecimentos fundamentados, muitas vezes, no senso comum. De acordo com o Construtivismo, as estruturas evoluem, passando de um patamar para outro. Então seriam os conhecimentos do senso comum base para a evolução de conhecimentos formais?