z-logo
open-access-imgOpen Access
O PROCESSO DE TRABALHO NAS FÁBRICAS DE AUTOGESTÃO
Author(s) -
Neusa Maria Dal Ri,
Cândido Giraldez Vieitez
Publication year - 1969
Publication title -
org and demo
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2238-5703
pISSN - 1519-0110
DOI - 10.36311/1519-0110.2001.v2n1.447
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
As reflexões contidas neste texto têm como referência pesquisa realizada em dezenove empresas de autogestão (EAs) e uma de co-gestão. Dessas mpresas, dezessete são fábricas de vários ramos, tais como metalurgia; têxtil; confecção; cristal; entre outros. Há ainda uma mina de carvão, uma gráfica e uma empresa agroindustrial. Dezenove desses empreendimentos estão localizados em vários Estados do Brasil e um na Espanha.Quanto ao porte das empresas, tem-se o seguinte: onze empresas pequenas que possuem de 05 a 99 trabalhadores; sete empresas médias, de 100 a 499 e duas empresas grandes, com mais de 500.As características principais de uma empresa de autogestão podem ser sintetizadas nos seguintes elementos: a propriedade pertence a um coletivo de associados; os trabalhadores são ao mesmo tempo os proprietários; a assembléia geral dos associados é o poder máximo de decisão; os diretores são eleitos pelos associados.O conjunto dos elementos constitutivos da empresa de autogestão é evidência de que ela é portadora de um significativo potencial social de democratização e de (des)alienação das relações de trabalho. Contudo, instâncias estratégicas da realidade dessas empresas apresentam-se como pontos de dificuldade para a realização desse potencial. Uma dessas dimensões é a organização do processo de trabalho.Os processos de trabalho nas EAs estão ainda organizados de forma tradicional. Essa forma de organização representa um significativo entrave ao desenvolvimento da democratização e (des)alienação das relações de trabalho. Porém, apesar das dificuldades evidentes, as EAs vêm promovendo modificações no processo de trabalho.Este artigo tem por objetivo demonstrar o surgimento de uma nova categoria nas EAs que aqui será denominada de regulação do processo de trabalho. Defende-se a idéia de que essa categoria, ainda emergente, substitui a categoria de controle do trabalho que é afeta à forma capitalista de organização da produção.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here