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A anulação dos Africanos escravizados como sujeito histórico-identitário Brasileiro
Author(s) -
Gabriela de Abreu Ribeiro
Publication year - 2020
Publication title -
revista de iniciação científica da f.f.c.
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1415-8612
DOI - 10.36311/1415-8612.2019.v19n2.p45-52
Subject(s) - humanities , philosophy , political science
O presente artigo tem por intento forjar uma elucidação teórica quanto à formação da identidade brasileira. Considerando a invisibilidade dos africanos trazidos como escravos, enquanto sujeito político e histórico ativos na formação da identidade nacional e coletiva brasileira. Sendo o Brasil um país mestiço, composto por indígenas, ibero-americanos e africanos, o desenvolvimento da identidade nacional significa a apreensão, principalmente pela intelectualidade dominante brasileira, de uma historiografia propriamente nacional. Deste modo, pensar nos brasileiros enquanto povo é pensar naqueles povos que os compuseram, visualizando tais componentes para além de uma abordagem geo-histórica, sob a noção de gênese formativa. Buscando superar os perfis formativos forjados pela historiografia tradicional quanto à "descoberta" (sic) do Novo Mundo pelos portugueses. Sendo assim, pode-se afirmar que na historiografia tradicional, a participação dos africanos trazidos como escravos não é elemento considerado como constitutivo importante para a formação nacional, visto que o aspecto dos portugueses enquanto fundante para desanuviar o Novo Mundo é priorizado na história do Brasil. A expansão marítima portuguesa passa pela África décadas antes da chegada à baía brasileira, a escravidão, portanto, já iniciara antes da América, sendo o processo colonizador, um elemento intensificador. Sendo importante, também, suscitar o aspecto ideológico da transposição da mão-de-obra indígena para a mão-de-obra africana para composição da identidade coletiva brasileira.

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