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AS RELAÇÕES DE GÊNERO NO ESPAÇO DE PODER DAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS
Author(s) -
Suellem Raquel de Freitas
Publication year - 2012
Publication title -
revista de iniciação científica da f.f.c.
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1415-8612
DOI - 10.36311/1415-8612.2012.v12n2.1596
Subject(s) - humanities , sociology , political science , philosophy
RESUMO: No Brasil a instituição escolar é caracterizada primeiramente como um espaço masculino. Porém, devido à crescente urbanização e industrialização, os homens se afastaram das salas de aula em busca de oportunidades de trabalho mais rentáveis (LOURO, 2002). Assim, o magistério, após muitas discussões e polêmicas, tornou-se uma profissão admissível ou conveniente para as mulheres, caracterizando-se como uma profissão feminina. Desta forma, estariam as mulheres em desvantagem em relação aos homens mesmo sendo a maioria neste espaço? Se sim, aonde esta desigualdade é manifestada? Neste sentido, este estudo se propõe a elencar possíveis elementos das relações de desigualdade estabelecidas entre homens e mulheres dentro da carreira do magistério. A pesquisa utilizou os dados dos questionários respondidos pelos/as professores/as e diretores/as das escolas públicas, na aplicação da Prova Brasil, realizada em 2007 pelo Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC. Foram selecionadas para a análise as variáveis: série que leciona, idade, tempo de experiência na educação e salário. Constatou-se que a naturalização do domínio masculino nas relações sociais parece se reproduzir, sobretudo na educação escolar - um universo marcadamente feminino (SOUZA, 2007). Verificou-se que as escolas públicas de 4ª série possuem proporcionalmente mais diretores homens do que professores homens. Ainda de acordo com as análises, os diretores homens apresentam menor idade e tempo de experiência na educação em relação às diretoras mulheres. No que se refere aos rendimentos auferidos, observa-se que as diretoras mulheres, mesmo tendo maior experiência profissional, recebem menos que os diretores homens para desempenhar a mesma função. Se tratando de rede pública de ensino, na qual os planos de carreira indifereciam o sexo do trabalhador, esta diferença salarial se caracteriza como uma grave desigualdade de gênero.

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