Confiantes e disciplinados: uma etnografia numa escolinha de futebol

Investiguei a prática do futebol em um bairro na cidade de Marília – SP numa escolinha de futebol, visando desnaturalizar uma percepção arraigada a essa prática reduzindo-a a disputas entre equipes profissionais e meio de ascensão social. Abordo o futebol como uma atividade que, através do domínio de técnicas corporais, permite a construção de subjetividades. Uma hipótese é que o praticante não tem consciência dessas dimensões por estar imerso num significado etnocêntrico. Propôs-se realizar uma etnografia Conclui-se que na escolinha a disciplina atua como elemento mediador para a construção da uma confiança de si, fundamental para a formação de um jogador de futebol. Ao mesmo tempo em que a escolinha se propõe a formar futuros jogadores profissionais, permite a construção de uma subjetividade, fundamentada no desenvolvimento da confiança e disciplina nos corpos dos aprendizes.