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Sexualidade na gravidez e após o parto
Author(s) -
Ana Cláudia Bortolozzi Maia
Publication year - 2001
Publication title -
revista brasileira de sexualidade humana
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-0530
pISSN - 0103-6122
DOI - 10.35919/rbsh.v12i1.626
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Muitas são as dúvidas, permeadas de crenças e mitos, sobre a prática do sexo e o exercício da sexualidade no período de gestação e após o parto, principalmente para o casal. Seria fundamental que os profissionais que trabalhassem com o tema da sexualidade estivessem mais preparados para orientar, esclarecer ou refletir sobre esta questão. O presente artigo oferece uma breve reflexão sobre a sexualidade na gravidez e após o parto, abor­ dando as questões psicológicas màis comuns de pais e mães no período gravídico.Primeiramente deve ser esclarecido o conceito de sexualidade. Sendo amplo, histórico e social, o conceito que temos sobre sexualidade reflete como a vivemos no nosso diaa dia(incluindo crenças, mitos e valorescullu­ rais). A grande maioria das pessoas tem presente o conceito de sexualidade relacionado exclus ivamente à genitalidade, mas devemos lembrar que e tende a sentir-se realizada em sua feminilidade, aceitando me­ lhor a nova condição de mulher grávida. Em geral, é comum o aumento do desejo sexual e das respostas físicas (há maio vasocongestão e intumescimento pélvico generalizado que ajuda a lubrificação e capacidade do orgasmo). Em relação ao parceiro, a mulher pode parecer mais bela (silhueta mais cheia e redonda, seios fartos, cabelos mais sedosos, ausência de menstruação, me­ lhor lubrificação vaginal, pele mais bonita, etc.) oferecendo no­ vos atrativos sexuais e favorecendo o desejo mútuo de manter re­lações sexuais; c) Terceiro trimestre:yeríodo de maior ansiedade e desconforto ge­ ral para a mulher. E comum a diminuição do desejo e da freqüên­ cia das relações sexuais em função tanto de alterações físicas (pois a mulher já apresenta um tamanho avantajado da barriga, aumento de peso, dificuldade em arrumar uma posição confortá­ vel, aumento da fadiga), como de alterações emocionais (grande ansiedade pré-parto e, com a maternidade iminente, medo de machucar o bebê, medo de sentir orgasmo e precipitar o parto). Nesta fase é comum também o parceiro estar vivenciando a mesma ansiedade e também evitar o sexo.Durante os nove meses de gestação, no aspecto biológico, não há per­ dade "desejo sexual".Tanto a mãe quantoo seu parceiro sentem "desejo de sexo", mesmoque alguns fatores envolvidos na condição da mulher grávida diminuam o desejo momentâneo da relação sexual (coito). Todos esses mo­ mentos deveriam ser vividos pelo casal com muito carinho, compreensão e diálogo. Deveríamos incentivar os casais a conversarem sobre isso entre si e com os médicos ginecologistas. As consultas do pré-natal não visam somente o bem estar do desenvolvimento físico do bebê, mas todas as con­dições que envolvam a vida da mulher grávida e nisto incluem-se as suas relações afetivas, as relações sexuais com o parceiro e toda a sexualidade da gestante.

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