z-logo
open-access-imgOpen Access
Caminhos para a superação da tese da constitucionalização simbólica
Author(s) -
Danyelle Reis Carvalho
Publication year - 2018
Publication title -
revista de ciências do estado
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2595-6051
pISSN - 2525-8036
DOI - 10.35699/2525-8036.2018.5125
Subject(s) - humanities , philosophy
O presente artigo visa a expor os pontos centrais da tese “A Constitucionalização Simbólica” de Marcelo Neves e a demonstrar sua insustentabilidade frente às próprias contradições. Inspirado no debate alemão da teoria do direito e da ciência política, dos anos oitenta e noventa, o autor se interessa no sentido que o simbólico adquire na adjetivação da legislação. Então, estuda o conceito sob a ótica constitucionalista e afirma que, em países situados na modernidade periférica, como o Brasil, o melhor adjetivo para o fenômeno da constitucionalização é simbólico e não jurídico. Conclui-se na obra que a constitucionalização simbólica é uma questão problemática para a autonomia do direito, pois implica uma politização do sistema jurídico. Porém, ao não reconhecer qualquer efeito mais do que simbólico às Constituições, o autor acaba por negar aquilo que ele mesmo assumirá ser possível no final de sua obra, a saber, a aprendizagem social com o direito. A sua tese e os conceitos nela desenvolvidos é de grande relevância para a reflexão crítica do nosso Projeto Constituinte de 1988, que completa 30 anos. Porém, neste trabalho a proposta é tentar, contrariamente do que faz Neves, enxergar os efeitos normativos que a Constituição produz no interior das práticas sociais.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here