
Temperatura e tempo de residência na produção de biochar oriundo de dejetos de galinhas poedeiras
Author(s) -
Fernando Colen,
Filipe Ferreira Figueiredo,
Luiz Arnaldo Fernandes,
Regynaldo Arruda Sampaio,
Mauro Franco Castro Mota,
Luiz Henrique de Souza
Publication year - 2020
Publication title -
caderno de ciências agrárias
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2447-6218
pISSN - 1984-6738
DOI - 10.35699/2447-6218.2020.15247
Subject(s) - biochar , chemistry , physics , zoology , pyrolysis , biology , organic chemistry
Dejetos de galinhas poedeiras contém nutrientes que podem ser reaproveitados na agricultura. Para este uso, é necessário sua estabilização, evitando contaminação ambiental. As formas de tratamentos de resíduos mais comuns são: biodigestão, lagoas de estabilização, compostagem e a produção de biochar, que é o resultado da pirólise de material orgânico. Seu uso melhora as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Assim, objetivou-se com este trabalho a produção de biochar de dejetos de galinhas poedeiras, em função da temperatura: 300, 375, 450 e 525°C e do tempo de residência: 30, 45 e 60 minutos. O material foi coletado no ICA-UFMG, seco a 105°C ± 2° C por 24 h e pirolisado em mufla. Realizou-se as análises de rendimento, pH, condutividade elétrica e número de iodo do biochar. Os resultados mostraram que com o aumento da temperatura e do tempo de residência, o rendimento do biochar diminuiu e o pH manteve-se alcalino, com maior tendência para o arranjo 525°C e 60 minutos. A condutividade elétrica apresentou comportamento parabólico, com maior valor 3,42 mS cm-1 a 419°C e 60 minutos e o menor valor 2,50 mS cm-1 a 300°C e 30 minutos. O número de iodo reduziu com o aumento da temperatura e do tempo de pirólise; o maior valor foi 136,66 mgI2 g-1 a 340°C e 30 minutos. Conclui-se que o tratamento dos resíduos por pirólise é eficiente e, produz um subproduto que pode ser aplicado como condicionador do solo e adsorvente de contaminantes.