
RUMO A UMA FORMAÇÃO SOCIAL DO ENGENHEIRO
Author(s) -
José Aravena-Reyes
Publication year - 2021
Publication title -
trabalho and educação
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2238-037X
pISSN - 1516-9537
DOI - 10.35699/2238-037x.2021.21992
Subject(s) - humanities , political science , sociology , philosophy
As novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Engenharia são uma recente conquista dos setores governamentais, industriais e acadêmicos do Brasil. O amplo acordo alcançado revela a existência de uma perspectiva consensual de sociedade que, embora não explicitada na normativa, aparece de forma autoevidente. As novas diretrizes parecem equacionar vários endêmicos problemas da formação, ao mesmo tempo que apontam para outras demandas oriundas da atual realidade, a qual exige a formação de mais e melhores engenheiros mediante, entre outras medidas, o desenvolvimento de competências soft skills. Este artigo propõe uma discussão crítica no espaço estabelecido entre o modelo de sociedade que implicitamente consideram as diretrizes e as demandas por uma ampla formação social dos engenheiros, para favorecer o desenvolvimento adequado dessas competências, ditas comportamentais. Se argumenta que, sem uma formação social ampla, ao formação do engenheiro pode ajudar a consolidar um modo cognitivo atrofiado, impedindo à Engenharia Nacional de promover seus próprios caminhos. Conclui-se sobre a necessidade de uma formação social que favoreça o surgimento da inventividade engenheiril como forma de ampliar as possibilidades de promover modos de vida alternativos aos modos de vida hegemônicos que, implicitamente, promovem as novas diretrizes.