INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADAS À IDENTIFICAÇÃO DE PATÓGENOS EM GESTANTES VINCULADAS A UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

Objetivo: Evidenciar as Infecções do Trato Urinário (ITUs) e a identificação dos patógenos em gestantes atendidas na rede pública no município de Cajazeiras, Paraíba, no ano de 2016. Método: Trata-se de uma pesquisa observacional, descritiva e de campo com abordagem quantitativa realizada em três Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Cajazeiras, através da coleta e análise laboratorial de amostras de urina de gestantes que realizam acompanhamento pré-natal. O trabalho foi executado e dividido em duas etapas: a primeira no laboratório de análises clínicas da Faculdade Santa Maria com a realização do sumário de urina, e a segunda no laboratório de análises clínicas CentralLab com a realização das uroculturas, ambos os estabelecimentos situados na cidade de Cajazeiras. Para a análise estatística, foi utilizado o programa SPSS Statistics versão 23. A pesquisa segue os critérios da resolução 466/12 com aprovação do comitê de ética (parecer 1.706.922). Resultados: A faixa etária do grupo estudado variou de 13 a 33 anos de idade, sendo a maioria adultas jovens. Com relação a renda familiar, a maioria, 40,0%, apresentou renda maior que um salário mínimo. Apenas 46,7% das gestantes possuíam o 2° grau completo. Quanto ao estado civil, 63,3% das mulheres eram casadas. No que tange à etnia, a maior parte das gestantes (46,7%) autodeclarou-se parda. Em relação às características clínicas, 74,07% apresentaram algum sinal ou sintoma de infecção urinária. A maioria das gestantes, 93,33%, realizaram o pré-natal nas datas previstas. As análises microbiológicas das 30 amostras coletadas revelaram a presença do patógeno mais prevalente nas ITUs (Escherichia coli) em uma única amostra. Por fim, no tocante ao tratamento, 40,74% fizeram uso de algum antibiótico. Conclusão: A infecção urinária denota-se pela existência de patógenos infecciosos e ocupação dos tecidos urinários. Os resultados encontrados no presente estudo (crescimento bacteriano em apenas uma amostra e 5 amostras com crescimento bacteriano inferior a 105 UFC), revelam que, apesar da literatura afirmar a grande prevalência de ITU em gestantes, a pesquisa releva-nos o antagônico, com apenas uma amostra positiva, como também a precariedade dos serviços públicos de saúde ofertados pelas entidades responsáveis.Palavras chave: Gestantes. Microbiologia. Urina. Unidades Básicas de Saúde.