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Reflexões feministas e maternas em narrativas contemporâneas escritas por mulheres
Author(s) -
Paloma Do Nascimento Oliveira,
Tássia Tavares de Oliveira
Publication year - 2021
Publication title -
revista letras raras
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2317-2347
DOI - 10.35572/rlr.v10i4.2196
Subject(s) - humanities , sociology , philosophy
A romantização da maternidade funciona como um meio de controle dos corpos e da reprodução no sistema patriarcal, tornando-a compulsória. Constrói-se a crença de que mulheres só se tornam plenas após terem filhos, também se coloca o amor materno como meio de exploração do cuidar, algo que não se impõe aos pais. Embora costume-se idealizar a maternidade, na maternidade real as mulheres mães queixam-se de exaustão, solidão e carecem de políticas públicas e apoio social. O movimento feminista passa a encarar as pautas maternas como fundamentais no movimento de libertação das mulheres, a militância envolve desde o direito ao planejamento familiar à divisão de tarefas e sobrecarga mental. Também estão atravessadas pelas categorias de raça e classe, sendo as mulheres negras as maiores vítimas de violência e cujos filhos mais são vítimas da violência estatal. Mulheres escritoras da literatura contemporânea estão atentas a essas questões e dessacralizam a maternidade em diversas narrativas. Esse artigo tem como objetivo trazer uma reflexão feminista sobre a maternagem, não encarada como algo natural e impositivo a todas as mulheres, mas como um processo que envolve uma série de questões culturais e políticas, a partir da leitura e discussão de algumas narrativas de autoras contemporâneas.

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