
Saúde e alterações comportamentais de animais de equoterapia
Author(s) -
Cely Marini Melo e Oña,
Luis Carlos Oña Magalhães,
Lisiane Pereira de Jesus,
Juliana Caobianco,
Janaina Lúcia Rodrigues,
Antônio Raphael Teixeira Neto
Publication year - 2019
Publication title -
veterinária e zootecnia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2178-3764
pISSN - 0102-5716
DOI - 10.35172/rvz.2019.v26.216
Subject(s) - humanities , philosophy
O bem-estar dos animais tornou-se uma grande preocupação social e identificar os fatores que o afetam é de suma importância. Sendo assim, o presente estudo teve por objetivo avaliar os aspectos de manejo, sanidade e comportamentais de animais de equoterapia. Para tanto foi elaborado um questionário e distribuído para diferentes centros de equoterapia no Brasil (n=127), filiados à instituição regulamentadora da atividade, a ANDE-BRASIL, dos quais 27 foram respondidos. Dentre os aspectos abordados foi considerado a incidência de doenças, assistência veterinária, controle sanitário (vermifugação e vacinação), controle de entrada dos animais, incidência de cólica e aspectos comportamentais. Com isso verificou-se baixa incidência de doenças visto que 14,28% adoeceram uma vez por trimestre. Em 40,74% dos centros de equoterapia o médico veterinário realizava visitas mensais, refletindo em baixa casuística de doenças (14,81%). Notou-se um controle sanitário eficiente, visto que 85,18% dos animais eram vacinados anualmente e 70,27% vermifugados em intervalos adequados. Alguns locais funcionavam como centros equestres e a equoterapia foi uma atividade paralela. Sendo assim, é importante haver um controle de entrada dos animais através dos exames de notificação obrigatória. Boa parte dos centros de equoterapia apresentava o controle com exames e também exigiam vacinas (40,74%). Ocorria acompanhamento da saúde bucal dos animais (74,07%), o que favorecia a digestão dos alimentos e fez com que os casos de cólica fossem esporádicos (59,26%). Os cascos também eram limpos e o casqueamento ocorria em intervalos adequados. Em relação ao comportamento, os animais possuíam pelo menos 2 horas de contato físico entre si (74,07%), o que favorecia com que os animais não manifestassem em sua maioria estereotipias e agressividade. Como base nos resultados obtidos, evidenciou-se que a formação de uma equipe com conhecimento acerca do cavalo, bem como a assiduidade do veterinário contribuiu para um bom manejo sanitário nos centros avaliados.