
Os exames para professores no Regulamento de 1857 na Província do Paraná
Author(s) -
Rudá Morais Gandin,
Maria Elisabeth Blanck Miguel
Publication year - 2020
Publication title -
cadernos de pesquisa : pensamento educacional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-2613
pISSN - 1980-9700
DOI - 10.35168/2175-2613.utp.pens_ed.2020.vol15.n41.pp46-62
Subject(s) - humanities , philosophy
Este artigo, apoiado em pesquisa da legislação educacional paranaense do ano de 1857, e no relatório do Inspetor Geral da Instrução Pública, do mesmo ano, centra-se em analisar o papel dos exames na formação de professores. Para tanto, este trabalho fundamenta-se em autores como Saviani (2005, 2008, 2015), Castanha (2006), Vidal e Faria Filho (2005), Ribeiro (2011), Wachowicz (1984) e Miguel (1999, 2004, 2008). Entendemos que o quadro educacional do Paraná antes da separação de São Paulo em 1853, era marcado pela ausência de professores preparados e condições adequadas ao ensino do método mútuo, cuja promulgação da Lei de 15 de outubro de 1827 oficializa sua aplicação nas escolas de primeiras letras do país. Assim se constitui a primeira forma de preparação dos professores, dado que esses deveriam se instruir no referido método. No Paraná, após sua emancipação, proveniente dos acontecimentos políticos e econômicos do período, ocorre a promulgação do Regulamento de 8 de abril de 1857, onde os exames se configuram no principal meio de preparo dos professores. Conclui-se que, os exames destinados aos futuros professores se constituíam não apenas num instrumento de averiguação de conhecimentos mínimos e habilidades, mas num meio de legitimar e perpetuar uma forma particular de “ser” professor, ligado a um programa moralizante.