
Práxis, Violência e Gestão da Educação na Contemporaneidade: rumo à Possibilidade de sua Superação
Author(s) -
Naura Syria Carapeto Ferreira,
Dora Maria Ramos Fonseca de Castro
Publication year - 2018
Publication title -
cadernos de pesquisa : pensamento educacional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-2613
pISSN - 1980-9700
DOI - 10.35168/2175-2613.utp.pens_ed.2018.vol13.n35.pp149-162
Subject(s) - subject (documents) , humanities , philosophy , library science , computer science
Este artigo resulta de investigação sobre a violência visando localizar suas origens, causas e possibilidades de superação. Pretende elevar a nossa ciência e consciência sobre a práxis no que concerne à violência tal como elucida o filósofo espanhol Adolfo Sanchez Vazquez. Decorre de pesquisa bibliográfica e de campo. Toda a práxis é processo de formação. ou de transformação de um objeto. O sujeito por um lado, imprime uma determinada forma ao objeto em questão, depois de o haver desarticulado ou violentado para poder transformá-lo. Como destruição de uma ordem estabelecida - no processo de transformação – a violência é um atributo humano, mas que não se mostra apenas pela existência da força. Na natureza a força existe, mas não se usa. Só o homem usa a força e pode usar a si mesmo como força. Daí o caráter exclusivamente humano da violência. Esta se manifesta onde o natural ou o humano – como matéria ou objeto de sua ação – resiste ao homem. Para Sanchez Vazquez, a violência é exclusiva do homem, na medida em que ele é o único ser que, para manter-se em sua legalidade propriamente humana necessita violar ou violentar constantemente uma legalidade exterior, a da natureza. Explica que, se o homem vivesse em plena harmonia com a natureza, ou passivamente sujeito a ela, não recorreria à violência, já que esta é, por princípio, a expressão de um ajuste radical. Assim, expõe a teoria de que a violência aparece como uma necessidade histórica que, necessariamente desaparecerá com o concurso da mesma, ao desaparecerem as condições histórico-sociais que a engendram. È violência e contraviolência é elemento de uma práxis ou de uma antipráxis. Serve a uns ou a outros interesses. Por isso, num mundo verdadeiramente humano, onde os homens se unam livre e conscientemente, a violência tem que ser excluída. Decorre daí a grande responsabilidade da educação e sua gestão em, sendo mediação no âmbito da complexidade da prática social global, desenvolver uma práxis intencional.