
Abordagem fisioterapêutica da hiperatividade detrusora na Esclerose Múltipla:
Author(s) -
Josiane Lopes,
Damácio Ramón Kaimén Maciel
Publication year - 2001
Publication title -
revista neurociências
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-4905
pISSN - 0104-3579
DOI - 10.34024/rnc.2012.v20.8311
Subject(s) - medicine , physical therapy , anesthesia
Introdução. A hiperatividade detrusora neurogênica (HD) é a disfunção vesical mais comum em indivíduos com esclerose múltipla (EM) sendo acompanhada do sintoma de urge-incontinência (UrI) em 83% dos casos. O tratamento padrão é o farmacológico, que apresenta evidência bem estabelecida, ao contrário do tratamento fisioterapêutico. Objetivo. Discutir os procedimentos fisioterapêuticos na HD decorrente da EM. Método. Foi realizada uma revisão através de pesquisa nas bases de dados Cochrane Library, Ibecs Lilacs, Medline, PEDro e Scielo utilizando os descritores: acupuntura, bexiga neurogênica, biofeedback, disfunção vesical, eletroacupuntura, eletroestimulação, esclerose múltipla, exercícios físicos, exercícios de Kegel, fisioterapia, hiperatividade detrusora, incontinência urinária, reabilitação do assoalho pélvico, terapia comportamental e treinamento físico, urge-incontinência. Resultados. Foram encontrados 26 artigos e selecionados 10 com procedimentos indicados devido a correlação estatística com a melhora do quadro de HD e UrI (p ≤ 0,05). Dentre os artigos, 6 evidenciaram a aplicação da forma isolada da terapia miofascial, exercícios de Kegel e eletroestimulação. O restante combinou exercícios de Kegel, eletroestimulação, biofeedback eletromiográfico e orientações. Conclusão. Nenhum procedimento fisioterapêutico foi evidenciado como essencial no manejo da HD/ UrI em indivíduos com EM, sendo observada que a abordagem combinada dos procedimentos apresentou os níveis de melhor evidência nesta disfunção.