
Síndrome da Cefaléia Hípnica (SCH)
Author(s) -
Carlos Alberto Rodrigues Pinto,
Yára Dadalti Fragoso,
Diana Paula de Souza Rêgo Pinto Carvalho,
Alberto Alain Gabbai
Publication year - 2019
Publication title -
revista neurociências
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-4905
pISSN - 0104-3579
DOI - 10.34024/rnc.2003.v11.8894
Subject(s) - medicine , gynecology , humanities , philosophy
A síndrome da cefaléia hípnica (SCH) é uma entidade de incidência rara, ou provavelmente subdiagnosticada, necessitando de estratégias para seu melhor reconhecimento. Objetivos: mostrar as características clínicas de pacientes com SCH acompanhados no Setor de Investigação e Tratamento das Cefaléias (SITC). Casuística e métodos: 16 pacientes (15 mulheres e um homem), com idade variando de 49 a 77 anos. O diagnóstico de SCH foi baseado nos principais critérios sugeridos por Lance e Goadsby em 2000. Os dados clínicos foram colhidos com a anamnese e complementados pelas anotações do diário da cefaléia adotado no SITC. Resultados: o tempo de aparecimento dos sintomas até o diagnóstico variou de seis meses a 15 anos. A localização da cefaléia foi bilateral em 11 pacientes. Em oito pacientes a freqüência era diária e quase diária nos demais. Na maioria dos pacientes a dor ocorria entre 1 e 5 horas da madrugada e a duração era de até seis horas, com exceção de um dos pacientes. Sete pacientes referiram ter cefaléia durante cochilos e cinco estavam sonhando ao despertarem com cefaléia. Mais da metade dos pacientes referiu melhora da dor após levantar-se, caminhar pelo quarto, tomar café e/ou analgésico. Conclusão: em nossa casuística, observou-se que a evidência mostrada por anotações em diário da cefaléia adotado no SITC, acordar durante o sono, ou cochilos diurnos, por vezes sonhando, obter alívio com o levantar-se, o caminhar e o ingerir café e/ou analgésico, em um paciente do sexo feminino, após a quarta década de vida, são indicativos para a suspeita do diagnóstico de SCH.