
Tempo, consciência e sucessão
Author(s) -
Jeison Andrés Suárez-Astaiza
Publication year - 2021
Publication title -
revista limiar
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2318-423X
DOI - 10.34024/limiar.2020.v7.10721
Subject(s) - philosophy , humanities
Não é o tempo uma potência que arrasta tudo presente para as profundidades da consciência? Uma força que ao mesmo tempo que reúne o curso das vivências separa o ‘eu’ de suas experiências submergindo-as na in-distinção para, finalmente, sepultá-las nessa ‘obscuridade’ da consciência que é o esquecimento? Como é possível, então, a lembrança e a memória? A seguir, abordaremos a questão da possibilidade da lembrança [Erinnerung] e da memória desde a concepção husserliana do tempo como consciência da sucessão, retomando alguns pontos dos argumentos que expõe Ricoeur em A memória, a história e o esquecimento. Finalizaremos mostrando que as análises de Husserl sobre o tempo e a consciência da sucessão, além de insuficientes, derivam no que denominamos como a ‘aporia do presente estratificado’.