
De um saber seguro de si a insegurança do saber
Author(s) -
Yan Bezerra Fonseca
Publication year - 2020
Publication title -
revista hydra
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2447-942X
DOI - 10.34024/hydra.2019.v4.9915
Subject(s) - humanities , philosophy
Este artigo propõe uma reflexão sobre os historiadores e a historiografia nas sociedades informacionais contemporâneas. Confrontados por uma realidade na qual somos rodeados por um persistente redemoinho semiótico caótico, a historiografia disciplinar e seus principais interlocutores, os historiadores, são afetados por uma profunda crise epistêmica. A História “útil para a vida”, tal qual descrita pelo pensamento nietzschiano , um saber dotado da capacidade de fornecer aos homens o substrato de suas ações no mundo ao qual pertencem, parece evanescer cada vez mais em meio a um cenário de negações, negacionismo, apropriações toscas e desafios à pretensa autoridade daqueles que a ela dedicam sua vida e suas penas. Nesse movimento, os historiadores, autoproclamados “guardiões da musa Clio”, parecem se voltar com maior intensidade a questões ligadas aos usos públicos e, portanto, políticos, que sofrem os passados por eles escritos. É em observação a esse panorama que surge a série de inquietações motivadoras deste artigo.