
A simbiose entre filosofia e revelação no Islã Clássico
Author(s) -
Alair Geraldo De Oliveira
Publication year - 2019
Publication title -
sacrilegens
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2237-6151
DOI - 10.34019/2237-6151.2019.v16.28627
Subject(s) - philosophy , humanities , fiqh , islam , theology , sharia
Abordamos neste artigo o fato original de a religião islâmica não ter tido ao longo de sua história um conflito inerente com o pensamento racional, o pensamento filosófico. De fato, ao contrário da experiência ocidental o pensamento racional e teológico não sofre disjunção no Islã. A discordância entre filosofia e teologia na história islâmica foi mais de natureza política que filosófica (epistemológica) já que a filosofia racionalista em versão islamica não rompeu com seu fundo onto-teológico baseado na revelação. Sob o princípio do Tawhid (Unicidade/Monismo) os pensadores islâmicos foram ao mesmo tempo juristas (fiqh) e filósofos (falasifah). Averrois, por exemplo, sustentou de forma veemente a necessidade de se manter o direito a liberdade do filósofo utilizando-se de argumentos extraídos direto do Alcorão.