
Religião, Política e Direitos humanos
Author(s) -
João Luiz Moura de Sá,
Pedro Henrique Cavalcante de Medeiros,
Cristina Borges,
Elen Sabrina Assis Costa,
Monique Machado Rodrigues Sobral,
Cláudia de Faria Barbosa,
Nara De Jesus Nascimento,
Diego Carlos Ferreira,
Mário Zan de Almeida Viana
Publication year - 1970
Publication title -
sacrilegens
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2237-6151
DOI - 10.34019/2237-6151.2018.v15.27044
Subject(s) - humanities , philosophy , theology
A ideia de que seres humanos possuem o direito de serem tratados com dignidade encontra fundamento no que a teologia cristã chama de imagem e semelhança. A expressão dignidade humana ou sacralidade da vida, segundo o pesquisador Jung MoSung, “éuma criação de religiões universais [...] Em nome da sacralidade da vida ou da vida humana como critério último e o bem maior, o Ocidente criou e assumiu a noção de que todos os seres humanos possuem certos direitos básicos” (SUNG, 2017. p 236). Nesse sentido, faz-se necessária uma análise criteriosa acerca do papel das religiões na promoção (ou não) de direitos humanos. Se por um lado as religiões em suas faces hegemônicas articulam-se na criação de bancadas, leis e eleições para cargos no executivo e legislativo, a fim de fazerem circular seus discursos fundamentalistas “contra as ideologias que querem destruir a família brasileira”, o que o pesquisador Boaventura de Sousa Santos chamou de “Teologia Política Fundamentalista” (BOAVENTURA, 2014, p. 38); por outro, pessoas, organizações e movimentos sociais religiosos estão lutando por garantia de direitos, dignidade e justiça social, ou nas palavras de Boaventura, uma “Teologia Política Progressista” (BOAVENTURA, 2014, p. 38). Portanto, a presente proposta de GT pretende receber pesquisas que refletem a participação de religiosos na política partidária e qual influência esses atores exercem na produção, reprodução, garantia ou rejeição de direitos. Ou ainda, conhecer, reconhecer e dar visibilidade a pessoas e/ou iniciativas religiosas que estão a margem de disputas políticas partidárias, mas na luta pelo reconhecimento da dignidade humana em todos os seus aspectos.