
A representação do sagrado e do profano no conto A hora e a vez de Augusto Matraga
Author(s) -
Bruno Cardoso
Publication year - 2016
Publication title -
numen
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2236-6296
pISSN - 1516-1021
DOI - 10.34019/2236-6296.2015.v18.21947
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Resumo: Este artigo discute a representaçãodo sagrado e do profano, no conto ‘’A hora e a vez de Augusto Matraga’’, de Guimarães Rosa. Através da figura do jagunço e do sertanejo, o escritor rompe com a dicotomia entre o bem e o mal tal como aventada pelo cristianismo ortodoxo e propõe uma espécie de confluência entre esses dois extremos de forma que o bem é visto como imbricado no mal e o mal imbricado no bem. Defenderemos que todo o conto é constituído baseado nesse pressuposto, cujo ápice se dá quando o herói imoral assume ares messiânicos, momento este que se configura como uma ironia de Rosa, em uma relação de intertextualidade com o texto bíblico.