
Perfil bacteriano das infecções hospitalares de pacientes cirúrgicos em um hospital terciário
Author(s) -
Tércio Luiz Ferreira Coelho,
Ramom Coelho Jericó,
Thiago Jardim Pereira,
Carine Freitas e Silva,
Carine Rosa Naue
Publication year - 2021
Publication title -
hu revista
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-8047
pISSN - 0103-3123
DOI - 10.34019/1982-8047.2021.v47.33652
Subject(s) - klebsiella pneumoniae , acinetobacter baumannii , medicine , enterococcus faecalis , biology , staphylococcus aureus , pseudomonas aeruginosa , escherichia coli , bacteria , biochemistry , genetics , gene
Introdução: A infecções hospitalares são um agravo de notoriedade mundial, desafiando profissionais e sistemas de saúde. Pacientes expostos a intervenções cirúrgicas estão mais propensos a esse agravo. Objetivo: Determinar o perfil bacteriano das infecções hospitalares de pacientes abordados cirurgicamente pela equipe da cirurgia geral em um hospital terciário. Material e Métodos: Foram incluídos no estudo os pacientes abordados cirurgicamente pela equipe da cirurgia geral e que desenvolveram infecção hospitalar bacteriana comprovada por uma ou mais culturas positivas nos anos de 2019 e 2020. As variáveis analisadas foram gênero, idade, caráter da cirurgia (urgência ou eletiva), amostra da cultura, foco infeccioso, espécie bacteriana isolada e seu respectivo antibiograma, multirresistência bacteriana e presença ou não de mais de uma espécie bacteriana isolada na amostra analisada. Os dados foram analisados através da descrição de valores absolutos e percentuais. Resultados: A maioria dos pacientes foi do gênero masculino, abordado cirurgicamente em caráter de urgência/emergência e com idade média de 41 anos. O principal foco infeccioso foi o abdominal, cujos principais agentes etiológicos isolados foram Escherichia coli (27%), Enterococcus faecalis (16%), Klebsiella pneumoniae (14%). Também houve um número expressivo de culturas demonstrando Acinetobacter baumannii nas infecções respiratórias. Além disso, 71% das bactérias isoladas das amostras biológicas foram multirresistentes. Conclusão: Os achados do estudo promovem mudanças nos esquemas antibióticos empíricos usados na instituição em estudo, uma vez que o alto índice de farmacorresistência encontrado é um risco à população estudada, ainda mais alarmante no contexto do isolamento frequente de espécies bacterianas.