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O Presidente e o Professor: a defesa da paz, da não-intervenção e da
Author(s) -
Charles Sidarta Machado Domingos
Publication year - 2019
Publication title -
cadernos do tempo presente
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-2143
DOI - 10.33662/ctp.v9i2.11169
Subject(s) - humanities , political science , art , philosophy
Recebido:  02/10/2018Aprovado:  25/11/2018Publicado: 10/12/2018Em outubro de 1962, o presidente John Fitzgerald Kennedy anunciava publicamente que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas tinha instalado mísseis nucleares em Cuba. Poucas horas antes, Kennedy havia comunicado a situação a todos os presidentes americanos – incluindo o brasileiro João Goulart – e solicitado apoio público as medidas tomadas pelos Estados Unidos da América naquele que era o momento de maior tensão em toda a Guerra Fria. O que o presidente John Kennedy não contava, entretanto, era que a posição do governo Goulart constituísse um obstáculo para os interesses dos Estados Unidos. Através de seus pronunciamentos públicos e mesmo pela troca de correspondência privada com o presidente estadunidense, o presidente João Goulart dizia não ao poderoso presidente dos EUA e continuava enfatizando a defesa da paz, a não-intervenção e autodeterminação dos povos, pedras angulares da sua Política Externa Independente. O que o presidente do Brasil não podia saber, contudo, é que sua negativa ante a solicitação do presidente dos Estados Unidos ensejaria uma nova relação entre os dois países, propiciando as condições internacionais que acabariam fortalecendo a conjuntura política que teria como resultado final o golpe de 1964. Palavras-chave: Governo João Goulart; Crise dos Mísseis; Política Externa Independente; Francisco San Tiago Dantas; Guerra Fria

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