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Inibidores seletivos de recaptação de serotonina no tratamento da depressão: síndrome de descontinuação e/ou de dependência?
Author(s) -
Mariana Eduarda Demarchi,
Daniel Del Nero Casselli,
Gabriela Martins Figueira,
Eduardo de Sousa Martins e Silva,
José Carlos Souza
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i9.8035
Subject(s) - humanities , psychology , philosophy
Depressão é um transtorno mental passível de acometer pessoas em qualquer faixa etária, de tamanha complexidade que se torna necessária a avaliação de um especialista para analisar cada caso, já que pode ser causada tanto por alterações fisiológicas quanto por fatores externos, ou ambos. Concomitantemente com a assistência psicológica, é indicado o uso de antidepressivos, sendo os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) os mais utilizados; sendo assim, o objetivo deste artigo é discorrer sobre os efeitos de síndrome de descontinuação e/ou dependência entre os ISRSs. Foi feito um estudo quantitativo de revisão bibliográfica narrativa usando-se artigos científicos dos últimos 16 anos (2004-2020). Foram utilizados os bancos de dados Medline, The Cochrane Library Database, Lilacs, PubMed, SciELO, Research Gate, Science Direct, PePSIC. Pesquisaram-se como descritores os seguintes termos: síndrome de dependência, síndrome de abstinência, depressão, inibidores seletivos da recaptação de serotonina, antidepressivos e o booleano AND. Nota-se que os médicos receitam cada vez mais o uso de ISRS, por possuírem menos efeitos colaterais, mas é necessário tomar precauções ao se tratar de interação medicamentosa. Para que uma pessoa se torne dependente de uma substância, é necessário atender três dos seis critérios estabelecidos pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10) (1992), e, como discorrido ao longo do trabalho, não ocorre com o uso correto de antidepressivos. Entretanto, a síndrome de descontinuação pode ser provocada pela rápida retirada desses medicamentos, exigindo atenção extra do médico no fim do tratamento.