Avaliação da prescrição de antibióticos pelos endodontistas em abscesso periapical agudo

Esse estudo teve como objetivo avaliar a prescrição de antibióticos nos abscessos periapicais agudos pelos endodontistas da região metropolitana do Recife - PE. Um estudo transversal com uma amostra de 100 endodontistas, que exerciam suas atividades em faculdades de odontologia e clínicas odontológicas particulares ou públicas. Eles responderam um questionário sobre prescrição de antibióticos sistêmicos no tratamento de abscesso periapical agudo e os dados foram analisados descritivamente por meio de frequências absolutas e relativas. Para avaliar associação entre duas variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou teste Exato de Fisher e o programa estatístico utilizado foi o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) na versão 23. A associação de amoxicilina com clavulanato de potássio em pacientes adultos sem alergia a penicilina foi prescrita por 50% dos endodontistas e em casos de alergia a penicilina, a clindamicina foi a droga de primeira escolha com 67%. A maioria dos endodontistas realizava a prescrição do antibiótico por 7 dias. Com relação a prescrição de antibióticos a maioria respondeu que não prescrevia em todas as fases do abscesso periapical agudo, no entanto, quando houve determinação das fases evolutivas dessa doença, resultados mostraram que existiu prescrição em todas as fases, porém com percentuais diferentes, sendo mais indicados quando existia comprometimento sistêmico do paciente. Concluiu-se que a prescrição de antibióticos pelos endodontistas pesquisados não foi coerente com a literatura científica, no entanto, mostrou uma preocupação com a saúde e risco de complicações sistêmicas graves do paciente.