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Comportamento, desempenho e qualidade de carcaça e carne de novilhos produzidos em confinamento
Author(s) -
Bruna Ferronato Landskron,
Julcemar Dias Kessler,
Karina Aline Mateus,
Moisés Rodrigues dos Santos,
Aline Zampar,
Leandro Sâmia Lopes,
Diego de Córdova Cucco
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i9.6884
Subject(s) - zoology , physics , biology
Sabe-se que em sistemas intensivos de produção, os bovinos são divididos em lotes e ficam normalmente em piquetes, muitas vezes em espaços reduzidos. Além de proporcionar instalações, nutrição, e sanidade adequadas aos animais confinados, a preocupação com seu conforto e bem-estar auxilia, e muito na produção de animais e consequentemente carne de qualidade. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar o comportamento, desempenho e qualidade de carcaça e carne de novilhos criados em diferentes condições de confinamento. Foram utilizados 19 novilhos, divididos em dois tratamentos: baia coberta com acesso a área externa (BA) com 12 m²/animal e baia coberta sem acesso a área externa (BF) com 3.6 m²/animal. Foram realizadas pesagens e análises de comportamento dos animais, mensalmente. Após o abate aferiu-se o peso de carcaça quente, atribuiu-se escores de acabamento e conformação de carcaça, mensurou-se os valores de pH, temperatura, coloração da gordura e da carne, medidas morfométricas nas carcaças, espessura de gordura, área de olho de lombo e marmoreio do músculo Longissumus dorsi. Em laboratório, amostras coletadas passaram por análises de perdas por cocção, maciez, pH, temperatura, cor, perda de exsudato e capacidade de retenção de água. Não houve diferença de peso corporal entre os grupos. Para comportamento social, não foi observada diferença entre os tratamentos. Para comportamento ingestão, as atividades de ruminação e ócio em pé foram realizadas com maior frequência pelos animais do grupo BF em relação ao BA, e houve preferência pelos animais do grupo BA para realização destas e de outras atividades na área externa da baia, para as atividades de alimentação, ruminação e ócio deitado não houve diferença entre os grupos. As características de qualidade de carcaça e carne não foram influenciadas pelas diferentes condições de confinamento. Concluímos que o fornecimento de área externa aos animais confinados não apresentou influência sobre a qualidade de carcaça e carne, porém, alterou o comportamento dos mesmos.