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Perfil sociodemográfico de idosos que convivem com HIV/Aids: um estudo em dois serviços na Região dos Lagos, Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Author(s) -
Kyra Vianna Alóchio,
Selma Petra Chaves Sá,
Vangelina Lins Mello,
Bárbara Pompeu Christóvam
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i9.6816
Subject(s) - humanities , human immunodeficiency virus (hiv) , art , medicine , family medicine
Objetivou-se analisar o perfil sociodemográfico de idosos que convivem com HIV/Aids em dois serviços de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Região dos Lagos-RJ. Pesquisa de campo com abordagem qualitativa, descritivo-exploratória, com 30 idosos cadastrados nesses serviços. As entrevistas foram realizadas mediante aplicação de formulário semiestruturado, contendo questões abertas e fechadas. Os dados foram tratados por meio da formulação de planilhas e gráficos no Software Microsoft Office Excel 2010©, com cálculos de frequências simples e percentuais, além de comparações de achados. Foram respeitados os processos ético-legais, sendo a pesquisa apreciada pelo Comitê de ética da Faculdade de Medicina do Hospital Antônio Pedro, segundo o parecer nº 3.013.119. A análise do perfil sociodemográfico dos participantes resultou em predomínio do gênero feminino, idade média de 66 anos, heterossexuais, de baixa escolaridade, com rendas de 1 a 2 salários mínimos, raça parda/negra, religião católica, aposentados, com mais de 10 anos de convivência com o HIV, viúvos e divorciados. Entre os entrevistados, houve participação de casais sorodiscordantes, sendo esboçadas dificuldades na adesão ao preservativo, em detrimento daqueles que afirmaram cessação das atividades sexuais pós-diagnóstico. Concluiu-se que essas dificuldades de entendimento e de aceitação do uso do preservativo, dentre outros fatores influentes no quesito exposição, tais como raciais e educacionais, aliados à dificuldade de a sociedade vislumbrá-los dentro do escopo de vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis, tornam-lhes mais suscetíveis à contração do vírus HIV e a um diagnóstico tardio da infecção.

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