
Desafios e estratégias para a organização do setor saúde frente à pandemia de COVID-19
Author(s) -
Lucia Teresa Côrtes da Silveira,
Alexandre Barbosa de Oliveira
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i8.5987
Subject(s) - humanities , covid-19 , political science , philosophy , medicine , disease , pathology , infectious disease (medical specialty)
O setor saúde no Brasil atravessa um momento extremamente crítico em função do enfrentamento da pandemia de COVID-19. No âmbito do Sistema Único de Saúde, ações de gestão reativa vêm sendo tomadas em caráter emergencial para resposta a esse complexo desastre biológico. Nesse sentido, objetivou-se analisar os desafios e as potenciais estratégias voltadas à organização emergencial do setor saúde para melhor resposta à pandemia de COVID-19, no contexto nacional. Trata-se de um estudo exploratório, desenvolvido por meio do método de análise documental, cujas fontes de evidência foram documentos técnico-científicos relacionados às ações de gestão de risco de emergências e desastres em saúde pública, as quais foram tratadas pela análise de conteúdo temático-categorial. Os resultados apontam que, em geral, os desafios enfrentados pelos gestores referem-se à necessidade de adoção de ações céleres e resolutivas. Para tanto foram apontadas quatro medidas estratégicas: 1) organização de salas de situação em saúde; 2) interação de agentes e setores para resposta de saúde à pandemia; 3) estruturação de planos de emergência; e 4) desenvolvimento de modelos assistenciais específicos. Concluiu-se que a compreensão e empreendimento dessas medidas, sob o ponto de vista da gestão de risco de emergências e desastres em saúde pública, fazem-se urgentes, uma vez que a inobservância de tais medidas pode produzir sérios prejuízos à saúde humana, sobretudo para comunidades e grupos mais vulneráveis socialmente. As medidas destacadas podem ser úteis a gestores municiais e estaduais frente à pandemia de COVID-19, e a outras possíveis situações futuras de emergências e desastres biológicos.