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A Crítica da razão prática: o grande projeto moral de Kant
Author(s) -
Vitor Gomes da Silva
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i7.4389
Subject(s) - philosophy , humanities
O objetivo do presente artigo é apresentar um estudo sobre a obra crítica da prática de Kant. Faz-se um ensaio teórico no qual se busca desvelar os saberes kantianos. Dentre as três célebres exposições críticas de Immanuel Kant (1724-1804), a Crítica da Razão Prática (1788) é geralmente apontada como o grande projeto moral do filósofo de Königsberg. Já na primeira crítica, a saber, a Crítica da Razão Pura (1781), o pensar especulativo era indicado como uma espécie de prolegômeno para uma reflexão sobre a autonomia do âmbito prático da razão. Kant escreveu a segunda crítica em um ambiente polêmico, no qual a Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785), que serve de introdução aos principais temas de sua segunda Crítica, havia sofrido diversos ataques de seus contemporâneos em virtude de suas pretensas formulações abstratas. Assim, a Crítica da Razão Prática surgiu motivada pelas questões colocadas contra a Fundamentação, contudo, mesmo tendo esse ambiente crítico em torno de si, Kant não limitou aquela a uma obra meramente polêmica e deu continuidade a seu projeto de fundamentação de uma metafísica da moral. Se por um lado, tal projeto contribuiu para o rechaço dos equívocos de seus críticos mais ferrenhos, por outro, e mais importante, desejou demonstrar a universalidade de unidade racional que precede a ação humana virtuosa.