Uso de milho processado em dietas de ruminantes: revisão

O milho e o sorgo são as principais fontes energéticas utilizadas nas dietas de ruminantes em nosso país. Estes dois cereais possuem duas características que podem dificultar a absorção e aproveitamento do amido pelos animais. Possuem duas características marcantes que dificultam a absorção e aproveitamento do amido pelos animais. A primeira está relacionada à consistência do endosperma, classificado em farináceo ou duro, impedindo o máximo aproveitamento do material, e a segunda é a matriz proteica que encobre os grânulos de amido, funcionando como excelente barreira físico-química na proteção contra intempéries climáticas, problemas de colheita e ataque de insetos e/ou roedores. O processamento sobre os grãos pode ser usado como forma de melhorar os fatores que limitam sua absorção, rompendo a matriz proteica que recobre os grânulos do amido, favorecendo a atuação das enzimas digestivas. O objetivo é trazer argumentos e evidências sobre a eficiência do processamento de milho na forma de reidratação e ensilagem, sobre aspectos de degradabilidade ruminal, melhora na conversão alimentar e incremento de produção. Para tal, foi realizado uma revisão através de artigos científicos, analisando sobre as técnicas de processamento do milho e seu desempenho nas características produtivas dos ruminantes. Podendo concluir que os processamentos sobre o grão, podem elevar o valor nutricional do milho com endosperma vítreo, melhorando os aspectos zootécnicos na nutrição de ruminantes.