Perfil Epidemiológico dos portadores de Hepatite C atendidos nos Serviços de Referência no Estado do Piauí

A hepatite C é um problema de saúde global e constitui uma das principais causas de doenças hepáticas crônicas em todos os continentes. O objetivo do artigo é apresentar o perfil epidemiológico da hepatite C no Estado do Piauí. Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal e descritivo com abordagem quantitativa e avaliativa.Foram coletados no SINAN, livros de registros e prontuários, referentes aos pacientes diagnosticados com o Vírus da Hepatite C que foram atendidos no intervalo de 2014 a 2016 no estado do Piauí. Os resultados obtidos mostraram prevalência do sexo masculino, todavia, a baixa escolaridade encontra-se equivalente para ambos os sexos. Os municípios de maiores notificações foram: Teresina (capital do Estado), seguido de Parnaíba, Piripiri e Picos. Foi possível identificar os genótipos e seus subtipos, sendo o tipo 1 (com subtipos 1a e 1b) mais notificados no Estado, seguido do genótipo tipo 3. As vias de transmissão encontradas foram: via parenteral, transfusão sanguínea e sexual. Quanto ao tratamento observa-se que em 2014, a terapia dupla foi realizada com as drogas Peginterferon alfa e Ribavirina; em 2015 e 2016, a terapêutica foi atualizada para Sufosbuvir, Simeprevir e Daclastavir, no entanto, os tratamentos variavam de acordo com o genótipo identificado. Constata-se que entre 2014 e 2016 houve uma discrepância entre as notificações dos casos notificados no SINAN e o registro do número de pacientes na dispensação dos medicamentos, onde este mostrou-se com maiores registos. Dados que devem chamar atenção do Estado para a descentralização das notificações.