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Educação permanente na assistência farmacêutica ao paciente com HIV: uma revisão integrativa
Author(s) -
Giselle Gonçalves,
Benedito Carlos Cordeiro,
Milena Días,
Claúdia Maria Messias
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i3.2426
Subject(s) - humanities , cinahl , human immunodeficiency virus (hiv) , medline , medicine , philosophy , nursing , political science , psychological intervention , family medicine , law
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) continua sendo uma questão social relevante em todo o mundo. Dados ainda apontam valores significativos nos números de novos casos. Um grande desafio é manter a adesão ao tratamento, uma vez que diversos motivos podem contribuir para seu abandono. Profissionais farmacêuticos dispensam periodicamente medicamentos a tais pacientes tendo oportunidade de acompanhá-los e orientá-los podendo contribuir na assistência prestada a tais pessoas. Para isso, é fundamental que dominem conhecimentos sobre o assunto e sintam-se seguros para aconselhar. A educação desse profissional sobre o assunto é relevante, precisando ser constante uma vez que sempre há atualizações nesta área. Este artigo buscou analisar o que diz a literatura mais recente sobre o atendimento do serviço de farmácia à pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) e sua relação com a educação permanente em saúde. Para isso foi realizado revisão integrativa da literatura por meio das bases de dados Medline, Lilacs, Cinahl, Scopus e Web of science. Dos 125 artigos encontrados 03 foram selecionados, após a aplicação dos critérios de exclusão, para leitura completa e síntese. Todos estavam em inglês sendo encontrados: 1 da Medline e 2 da Web of Science. Dentre esses, 2 foram publicados no ano de 2014 e 1 em 2018. Os artigos ressaltam que muitos farmacêuticos não se sentem competentes para orientar e aconselhar sobre profilaxia ao HIV bem como novidades sobre o tratamento e ainda que alguns nunca receberam treinamento sobre o assunto. É sugerido nestes artigos que educação sobre HIV/AIDS, seu tratamento e profilaxia sejam aplicados a tais profissionais de saúde, uma vez que estão localizados em local estratégico e são acessíveis com facilidade a população. Os currículos dos cursos de graduação e residência em farmácia não englobam conteúdo suficiente sobre o assunto, sendo bastante superficial o que pode contribuir para a insegurança dos profissionais. O HIV está entre as dez prioridades em saúde da Organização Mundial da Saúde e ainda na Agenda Nacional de Prioridade em Pesquisa do Ministério da Saúde (ANPPMS) possuindo constantes pesquisas e atualizações sobre seu tema como tratamento e prevenção. (ONU, 2019) (Brasil, 2018). É imprescindível que haja formas de educação e atualização voltado aos profissionais desta área. A educação continuada, educação permanente e educação em serviço, embora sejam processos que se fundamentem em princípios metodológicos diferentes, se caracterizam pela continuidade das ações educativas, podendo ser utilizadas para desenvolvimento de habilidades e competências, fortalecendo o trabalho exercido. A literatura não fala especificamente sobre a educação permanente de farmacêuticos que atuam diante de PVHA, sendo validas pesquisas sobre o tema. Contudo os artigos selecionados demostram que existe a necessidade de educação sobre o assunto e o reconhecimento dos profissionais sobre esta necessidade. Desse modo conclui-se que é preciso investir mais em conteúdo sobre HIV/AIDS nos currículos dos cursos de graduação em farmácia e que a realização da educação permanente em saúde juntamente com a educação continuada para os profissionais pode suprir as lacunas de conhecimento existentes e contribuir para o desenvolvimento de competências. Sugere-se no presente artigo que a educação permanente em saúde seja realizada com toda a equipe que atua no setor de farmácia (farmacêuticos, técnicos, auxiliares), o que enriquecerá as discussões e a aprendizagem do grupo, trazendo maior confiança tanto para os profissionais como para os pacientes, refletindo, inclusive, em melhoria do processo de adesão ao tratamento e, consequentemente, no controle da epidemia de HIV/AIDS.

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