Variabilidade da Frequência Cardíaca como biomarcador do estresse: revisão integrativa

Objetivo: identificar a aplicabilidade da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) como biomarcador do estresse por meio de uma revisão integrativa da literatura. Método: foi realizada uma busca nas bases de dados Web of Science ® e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Os descritores Variabilidade da Frequência Cardíaca, VFC, Sistema Nervoso Autônomo (SNA), Intervalos RR e estresse foram combinados de diferentes formas a fim de possibilitar maior captação de estudos. Os critérios de inclusão foram estudos envolvendo seres humanos, associação entre VFC e estresse ou SNA e análise da VFC utilizando medidas lineares e não lineares. Foram identificadas 18 publicações que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Foi realizada uma análise descritiva desses trabalhos. Resultados: os resultados mostraram que as características da VFC foram alteradas em resposta ao estresse. Os índices da VFC obtidos por métodos lineares (domínio do tempo e domínio da frequência) e os métodos não lineares foram citados em alguns estudos como ferramenta de diagnóstico clínico para investigar as interações cardiovasculares, avaliar os mecanismos fisiológicos e rastrear suas mudanças em diferentes estados fisiológicos.  Conclusão: conclui-se que a VFC pode ser usada para avaliar o estresse, pois ela reflete a atividade cardíaca e as atividades do SNA. Observou-se que os diferentes métodos utilizados para induzir o estresse foram capazes de estimular uma resposta do SNA por meio das alterações nos parâmetros da VFC.