
Relação médico-paciente no contexto da HIV/AIDS dentro do Sistema Carcerário Brasileiro: uma breve revisão bibliográfica
Author(s) -
Letícia Teixeira Santos,
Rickelmy Leal Fernandes Barros,
Marissa-Sophie Roeber,
Wanderson da Silva Nery,
Thays de Tarssia da Silva Sousa,
Marisa Coragem Alves de Oliveira,
Iasmin Miranda Ferreira,
Maria Anayara Freires Aguiar,
Rebeca Batista Lima Gomes,
Martha Cristyanne de Albuquerque Pinto,
Luciana Rachel Vieira de Menezes,
Lidiane Renata Ferreira de Oliveira de Paiva,
Marcelo Silva Nogueira,
Renata Paula Lima Beltrão,
Augusto César Beltrão da Silva
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i10.9117
Subject(s) - medicine , human immunodeficiency virus (hiv) , virology
Atualmente o Brasil possui mais de 700 mil pessoas em cárcere privado. Nesse viés, é notório que a epidemia da AIDS, nas prisões brasileiras, é um grande problema de saúde pública. Nessa perspectiva, destacam-se, entre os agravantes e proliferadores da doença, a superlotação das prisões, as práticas sexuais desprotegidas e a insalubridade das celas. Nesse estudo foram utilizadas as bases de pesquisas Bireme, Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, e os descritores usados foram: “assistência à saúde”, “HIV (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)” e “prisioneiros e prisões”. O objetivo é responder à pergunta: “Como acontece à relação médico-paciente na assistência prestada às pessoas portadoras de HIV no sistema prisional?”. Analisou-se, também, a implementação na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), a qual presume uma assistência integral, contínua e resolutiva com controle e redução dos agravos as demandas de saúde no sistema prisional. Quanto à relação médico-paciente, constatam-se dificuldades no atendimento devido à permanência do estigma referente à HIV/AIDS e a prevalência retrógrada da utilização do modelo biomedicinal, conhecido por focar apenas na doença, por parte dos profissionais da saúde, tais adversidades diminuem tanto a adesão quanto à efetividade do tratamento. Portanto, é de suma importância uma relação médico-paciente mais humanística e acolhedora por parte do profissional de saúde, tendo assim maiores chances de sucesso na terapia e na relação interpessoal com os enfermos.