
Produção de alimentos em comunidades rurais do Alto Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil
Author(s) -
Ana Caldeira de Barros,
João Víctor Leite Dias,
Herton Helder Rocha Pires
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i10.8346
Subject(s) - humanities , horticulture , art , geography , biology
O objetivo do estudo foi estudar a produção de alimentos nas comunidades de Braúnas e Lagoa da Pedra, município de Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Existiam nas comunidades 44 residências, sendo conduzidas entrevistas em 36 delas, por meio de questionário estruturado. Nessas casas residiam 120 pessoas, sendo 57 femininos e 63 masculinos. Dentre os entrevistados 26 mencionaram ter hábito de cultivar hortaliças/legumes em horta no peridomicílio, sendo principalmente para o autoconsumo. O cultivo de alimentos nos quintais, mas fora do espaço da horta, foi mencionado por 35 entrevistados. Também foram observadas plantações em “roças” situadas em áreas alagáveis nas várzeas do rio Jequitinhonha, sendo os principais alimentos cultivados o feijão, milho e arroz. Na colheita anterior ao estudo, em 2015, foi estimada uma produção de 67,14 toneladas de feijão, 10 toneladas de milho e 360 quilos de arroz. A produção de feijão tem como destino principal a comercialização, sendo que este produto sai da comunidade por meio de atravessadores. Para o cultivo e colheita dos alimentos nas “roças” algumas famílias relataram a contratação de trabalhadores temporários. Dada a tradição de produção agrícola destas comunidades, e com a recente criação do Parque Nacional das Sempre Vivas, onde as áreas utilizadas pelos moradores das comunidades para residirem, realizarem suas plantações, criação de animais e extrativismos, ficaram localizadas dentro das áreas de amortecimento desta Unidade de Conservação, torna-se importante a manutenção de boas relações dos gestores da Unidade de Conservação com as lideranças das comunidades para que as práticas culturais e a biodiversidade sejam respeitadas por ambos.