
Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no estado de São Paulo: análise da tendência nos anos de 2000 - 2017
Author(s) -
Viviane Perin,
Luciane Zanin,
Márcia Regina Campos Costa da Fonseca,
Carolina Pimentel Duarte Novo
Publication year - 2020
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v9i10.8283
Subject(s) - demography , humanities , geography , medicine , art , sociology
O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil da mortalidade por acidentes de transporte terrestre (ATT) no estado de São Paulo e os efeitos da Lei Seca sobre a taxa de mortalidade. Foram selecionados, pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), os óbitos com os códigos V01-V89 determinados na 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), tendo como causa o ATT. Calculou-se, para 8 anos antes e 9 anos após a Lei, a taxa de mortalidade por ATT de acordo com faixa etária e sexo. Além da distribuição (absoluta e percentual) da mortalidade por ATT relacionados as variáveis: faixa etária, sexo, raça, escolaridade, estado civil, categoria da CID-10 e por departamentos regionais de saúde (DRS). Os resultados mostraram uma tendência de aumento de óbitos por ATT antes da Lei e uma queda nos óbitos após a Lei, além de maior frequência de mortalidade no sexo masculino, entre 20-39 anos, solteiros, brancos, com escolaridade de 4-7 anos antes da Lei e de 8-11 anos após a Lei. Maior mortalidade nos Municípios da Grande São Paulo, Baixada Santista, Registro e Taubaté tanto antes como após a Lei; maior registro de mortalidade por outros ATT antes da Lei e uma maior frequência de pedestres traumatizados por ATT após a Lei. Conclui-se então que a implementação da Lei Seca interferiu positivamente na taxa de mortalidade observada no período e nas variáveis analisadas.