
O uso das salas de recursos multifuncionais para o ensino de ciências: um estudo sobre inclusão
Author(s) -
Vívian Martins Ribeiro,
Denise Pereira de Alcântara Ferraz,
Juliani Flávia de Oliveira,
Stefano Maximo Lopes
Publication year - 2019
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v8i6.1025
Subject(s) - humanities , political science , sociology , philosophy
O presente artigo pretende apresentar um recorte dos resultados obtidos em uma pesquisa de Trabalho Final de Graduação que objetivou descrever e analisar de que modo as escolas públicas de um município no sul de Minas Gerais têm utilizado as Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) para ensinar Ciências e Biologia aos alunos Público Alvo da Educação Especial (PAEE), haja vista que a Educação é um direito de todas as pessoas, com ou sem deficiências. Sabe-se que a atual política educacional de Educação Especial apresenta caráter inclusivo: a legislação preconiza que o Atendimento Educacional Especializado (AEE) dos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação aconteça preferencialmente na escola regular, nas chamadas Salas de Recursos Multifuncionais. Deste modo, uma das atribuições do professor do AEE é realizar a articulação com os professores da classe comum a fim de estabelecerem, em parceria, estratégias que garantam a aprendizagem dos alunos PAEE. Assim, utilizando abordagem qualitativa de cunho exploratório, fez-se uma pesquisa de campo utilizando entrevistas semiestruturadas como método de coleta de dados com professores que atuam nas SRM de escolas de ensino fundamental II e ensino médio. Os dados foram analisados segundo o critério qualitativo, agrupando os dados em núcleos semelhantes de sentido, e pôde-se observar que, apesar dos esforços legislativos que asseguram a escolarização dos alunos PAEE, há pouca articulação entre AEE e professores; o AEE trabalha de maneira isolada com alunos PAEE; e que, ainda, são necessárias mudanças atitudinais por parte dos professores e da gestão da escola para garantir um ensino de ciências de qualidade, heterogêneo e inclusivo.