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Alta prevalência da infecção sexual por Chlamydia trachomatis em universitárias que não usam preservativos e que não realizam exames ginecológicos de Belém do Pará, Norte do Brasil
Author(s) -
Leonardo Miranda dos Santos,
Kethelem Crystiny Santiago Silva,
Williane Gabryele Cardoso Rocha,
Rodrigo Rodrigues Virgolino,
Diego Rodrigues da Silva,
Geraldo Mariano Moraes de Macêdo,
Edna Aoba Yassui Ishikawa,
Maísa Silva de Sousa
Publication year - 2022
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v11i4.27725
Subject(s) - chlamydia trachomatis , medicine , gynecology , humanities , philosophy
A infecção por Chlamydia trachomatis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) bacteriana mais prevalentes em todo o mundo. Podem ser assintomáticas em até 80% dos casos e leva a Doença Inflamatória Pélvica, infertilidade e gravidez ectópica em população feminina jovem. Objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de infecção por C. trachomatis em amostras endocervicais de estudantes de universidade pública do estado do Pará, e verificar as características sociais, comportamentais e de queixas ginecológicas associadas. É um estudo transversal prospectivo que envolveu 127 mulheres estudantes de uma universidade pública da de Belém, no estado do Pará entre outubro de 2018 a dezembro de 2019. Amostras endocervicais foram obtidas durante o exame preventivo do câncer do colo uterino. Foi realizado a extração de DNA através da adaptação do protocolo do Kit “GE Healthcare illustra™ blood genomicPrep Mini Spin Kit”. Foi feito a amplificação de 270pb do gene β-globina humana para controle de qualidade da extração. Para a detecção de C. trachomatis, foi utilizada a Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR), do tipo nested-PCR para amplificação de 327pb do gene ompA. A prevalência geral foi de 10,2%. Houve associação significativa na falta do uso do preservativo nas relações sexuais (p=0,02); e não realizar o PCCU anualmente (p=0,05). A alta prevalência desta infecção pode ser consequência da falta do uso do preservativo e da falta de periodicidade no exame ginecológico. Estudos nacionais fazem-se necessários para o entendimento da epidemiologia desta infecção e para a construção de políticas públicas direcionadas a saúde ginecológica.