Perfil da mastite subclínica e frequência de micro-organismos isolados de búfalas mestiças (Bubalus bubalis)

A mastite é uma inflamação da glândula mamária causada principalmente por bactérias, sendo responsável por perdas econômicas significativas à pecuária leiteira. Objetivou-se avaliar o perfil da mastite em búfalas leiteiras e identificar os principais agentes causadores da infecção. Foram avaliadas 45 búfalas (Murrah × Jafarabadi). As búfalas com mastite clínica foram identificadas pelo teste da caneca de fundo preto, enquanto que a mastite subclínica foi detectada por california mastitis test (CMT) e contagem de células somáticas (CCS). Em seguida amostras de 50 mL de leite dos animais infectados foram coletadas e, posteriormente, realizada a identificação microbiológica por meios de provas bioquímicas. Os resultados mostraram que a mastite subclínica foi prevalente no rebanho estudado. No teste de CMT, 48,88% dos animais foram diagnosticados com mastite subclínica e 51,11% estavam sadios. Os quartos mamários posteriores apresentaram maior frequência de casos subclínicos (57,89%) do que os quartos anteriores (42,11%). A CCS detectou 73,33% de animais com mastite subclínica (CCS ≥ 400.000 células/mL) e 26,66% sadios (CCS < 400.000 células/mL). O leite com mastite subclínica apresentou a maior média de CCS (51,3 × 103 células/mL) do que o leite sadio (23,9 × 103 células/mL). A bactéria isolada com maior frequência foi do gênero Staphylococcus spp. (35,29%), seguido por Streptococcus spp. (20,00%), Escherichia coli (6,35%) e Mycoplasma spp. (4,54%). Portanto, melhorias nos cuidados sanitários para o controle da mastite subclínica em búfalas deve ser realizadas. Mais pesquisas sobre mastite em búfalas devem ser realizadas, visando auxiliar os programas de controle da mastite em búfalas.