Tabus alimentares e avaliação nutricional em pessoas com estomia no contexto amazônico

O incremento de doenças crônicas nos últimos anos trouxe aumento da necessidade de colocação das bolsas de estomia. Mudanças ocorrem na vida destes indivíduos, e a alimentação sofre impacto, através do tabu alimentar as pessoas param de consumir determinados alimentos, por medo e como tentativa de prevenção das situações constrangedoras. Trata-se de um estudo o qual buscou verificar os tabus alimentares de pessoas com estomia, fazer uma avaliação nutricional e estabelecer se há correlações. Trata-se de uma pesquisa de caráter transversal, descritivo e quantitativo, foram entrevistados 77 indivíduos com estomia intestinal e urinária, na Unidade de referência especializada, os dados coletados através do questionário sociodemográfico verificaram tipo e caráter de estomia e etiologia, avaliação antropométrica (índice de massa muscular, circunferência do braço, circunferência muscular do braço e prega cutânea triciptal) além da pergunta “possui tabu/crença alimentar?” No caso de resposta afirmativa eram perguntados quais. Os resultados obtidos apontaram que 66% dos participantes possuíam tabu alimentar, tanto homens quanto mulheres apresentaram para camarão e carne de porco, mesmo sem uma porcentagem significativa de intolerâncias e alergias, estes alimentos fazem parte de pratos culinários da região afetando assim a socialização, porém não houve correlação significativa com o estado nutricional ao se avaliar índice de massa corporal (p=0,13), adequação da prega cutânea tricipital (p=0,26) e da circunferência do braço (p=0,59) e circunferência muscular do braço (p=0,74), demonstrando o quanto a crença individual e a sociedade influenciam nas escolhas alimentares das pessoas, este ato pode trazer prejuízos.