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Sarcoide equino na região Sul do Rio Grande do Sul: casuística de 20 anos
Author(s) -
Fabiano da Rosa Venâncio,
Tainá dos Santos Alberti,
Lorena Alvariza Amaral,
Rosimeri Zamboni,
Haide Valeska Scheid,
Leonardo Clasen Ribeiro,
Marcelo de Lima,
Ana Lúcia Schild
Publication year - 2022
Publication title -
research, society and development
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-3409
DOI - 10.33448/rsd-v11i3.26704
Subject(s) - microbiology and biotechnology , biology , veterinary medicine , chemistry , medicine
Os objetivos deste trabalho foram estudar a epidemiologia e a distribuição das lesões de sarcoide equino diagnosticado no Laboratório Regional de Diagnóstico da UFPel (LRD/UFPel) em um período de 20 anos, bem como determinar os principais tipos e, por meio da PCR, identificar o papilomavirus bovino (BPV) envolvido nas lesões. Os casos recebidos entre 2000 e 2020 foram resgatados dos protocolos de necropsia do laboratório. Os blocos parafinados de cada caso foram cortados em secções de 3-5µm, corados por hematoxilina e eosina (HE) e reavaliados em microscópio ótico. As amostras encaminhadas ao laboratório em 2021 foram fixadas em formalina 10% para histopatologia e imuno-histoquímica e parte, foi congelada e encaminhada ao Laboratório de Virologia e Imunologia da UFPel (LabVir/UFPel) para realização da PCR. No período foram diagnosticados 258 casos, dos quais 75,96% na raça Crioula principalmente em equinos de dois a cinco anos (42,64%). As características macroscópicas associadas à histopatologia permitiram determinar o tipo de sarcoide em cada caso. Em 46,8% dos casos os sarcoides eram fibroblásticos. Dos 258 casos 61% eram únicos, observados principalmente nos membros e 32% eram múltiplos, presentes com mais frequência do tronco. O genoma dos BPVs não foi detectado pela PCR e a IHQ foi negativa para proteína S-100 e positiva para vimentina permitindo o diagnóstico diferencial de outras neoplasias cutâneas dos equinos. O registro de 258 casos de sarcoide em 20 anos permitiu estabelecer a sua epidemiologia na região Sul do Rio Grande do Sul e alerta para a importância da doença na região.