Laserterapia de baixa potência aplicada em lesões labiais de paciente em condição grave: relato de caso

A associação entre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e as manifestações bucais, embora já bastante conhecida, ainda apresenta situações desafiadoras. Seja ocasionada ou potencializada pela doença, as alterações bucais são uma realidade e para tanto é objetivo deste trabalho relatar e discutir o caso de um paciente de 45 anos, sexo masculino, internado no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian com diagnóstico de doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), epilepsia e tetraplegia, de evolução grave. Fazendo uso de ventilação mecânica e demais cuidados paliativos, o mesmo passou a apresentar úlceras e lesões sangrantes em mucosa labial, de modo que a equipe médica solicitou o parecer da odontologia hospitalar. Para o manejo dessas feridas foi estabelecido, então, o protocolo de laserterapia de baixa frequência, dividido em 05 aplicações, para propiciar uma melhor biomodulação e regeneração do tecido afetado, diminuindo, assim, a morbidade do paciente. Ao final da última sessão, os resultados foram satisfatórios, evidenciando a eficácia do tratamento coadjuvante com laser de baixa frequência em lesões orais. Mesmo com as dificuldades inerentes ao tratamento e diagnóstico do HIV e suas manifestações, diminuir a sintomatologia do paciente é também um dever da Odontologia, assim, os resultados alcançados com a terapêutica empregada foram satisfatórios e devolveram alguma qualidade de vida ao paciente neste momento tão desafiador.